Estás triste?
Não, não estou…
Tens medo?
Não, não tenho…
Que tens tu, então?
Não sei! Mas… sem medo, nem frio, nem calor, nem…
Que tens tu, afinal?
Tão pouco me sinto feliz, ou triste, ou mal…
E, não! Também não tenho medo de sonhar…
Se sei?
Sei que é noite ou dia,
Porque o sol nasce ou morre no horizonte,
Escondido nas nuvens, perdido no monte…
E é noite?
É a noite fria que enevoa o meu olhar,
Escolho ausente um caminho a optar…
Tão-pouco sei se sou forte,
Nem sei se irei fraquejar…
Medo! Terror de partir e caminhar…
Desistir?
Não travo penúrias de coragem no ar…
Sozinho?
Não estou só!
Se sei? Não, não sei…
Apenas sei que devo caminhar
Pela vereda comprida, espinhosa e, sem fim…
O fim! Não, não o sei…apenas sei que ao entrar,
Aguilhões me arrastam no meu passar…
Se entro? Não sei…
Só sei que no pavor do escuro,
Hesitações, e dúvidas, me vão alcançar,
Tamanhos fundamentos a clarificar…
Segues?
Por esse caminho pretendo passar,
Distinguir o horizonte, o bem e o mal…
Assinalando passagem por essa vereda,
Aprenderei quem sabe... a respirar.
Carla Bordalo
quinta-feira, 15 de abril de 2010
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O encontro
ResponderEliminarMistério é o não saber de ti.
Porque, amor,
não me encontra no encanto que te tenho em mim.
No quadro, cuja tinta da pintura,
tem nossa mistura, tem nosso elã,
fazendo as cores de nossos desejos,
estamos nós a sós, nesta procura vã.
Sei que está em algum lugar...
Onde minha esperança ainda não foi,
não sei, no entanto, se poderemos nos esperar.
Se deparássemos com o nosso quadro,
exposto ao sol, talvez ao vento, numa galeria de artes,
no ártico, em Nova York, no Paquistão,
no coração, de algum lugar.
Talvez nos puséssemos a chorar, emotivos.
Seriam nossos sentimentos aflorados, nossos risos.
Talvez olhando os mesmos traços, nos víamos, precisos.
Nos atiraríamos entre braços...O abraço.
sem ter nomes... codinome: O encontro.
Talvez, amor, talvez... Este mistério,
nos deixasse ser felizes!
ZéReys – poeta del Brazil.
Bom dia, querida – beijo do poeta!